Tratamento - Ele não Pode ser Pior que a Doença!
- Single Care
- 7 de ago. de 2019
- 2 min de leitura
O paciente geriátrico apresenta alterações fisiológicas próprias do envelhecimento além de múltiplas patologias crônicas que levam a polifarmarcia.

Doenças como diabetes, hipertensão arterial, AVC, fraturas, câncer, osteoporose e depressão são comuns na terceira idade.
Ninguém envelhece igual. Nosso cérebro também não!!!
Medicar um idoso exige muito critério, extenso conhecimento do processo do envelhecimento e grande entendimento das complexidades farmacologicas, interações medicamentosas e efeitos colaterais.
É fundamental avaliar o custo-benefício de cada medicação, se existe evidência que ela efetivamente irá melhorar o paciente e se ela é realmente necessária!
A polifarmacia muitas vezes é acompanhada de efeitos adversos, quedas, comprometimento cognitivo e piora da fragilidade.
Três fatores precisam ser levados em conta ao se medicar um idoso:
1) O paciente: idade, sexo, peso, automedicação e hipersensibilidade as drogas.
2) O medicamento: efeito principal, efeito colateral, interação medicamentosa, toxicidade, superdosagem e intolerância.
3) O médico: acertar a medicação, o tempo de uso, a via de administração. Fazer boa avaliação psicologica do paciente e ter uma boa relação medico-paciente.
Tudo isso para ter certeza que estamos medicando a necessidade real do paciente!
É imperioso pensar no melhor para o paciente e não exatamente o que a familia deseja ou o paciente quer! Compreender que nem toda queixa é passível e/ou possível de ser medicada. Nem todo sintoma precisa de remédio.
Muitas vezes o melhor e mais efetivo tratamento é a fisioterapia, a fonoaudiologia, a psicoterapia, a terapia ocupacional e a nutricionista.
Familiares e pacientes, muitas vezes, consideram besteira todo tratamento não medicamentoso e dão ao remédio todo o crédito e o "poder" de curar.
Está errado!
Remédios são necessários quando prescritos corretamente mas não fazem milagre!!!!
Eles são parte fundamental de qualquer tratamento, isso é verdade!
Mas, como todo e qualquer tratamento, tem que ser de dentro pra fora e de fora pra dentro!
Dra Roberta França
Medicina Geriátrica
De corpo e Alma
www.geriatrarobertafranca.com.br
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